segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A Derrota da Polítca - E sugestões para solucionarmos de vez o Problemão que nos criaram

A Derrota da Política - E sugestões para solucionarmos de vez  o Problemão que nos criaram (se o povo desejar, há meios...)

1 - A Derrota da Política

 2 - Buscando soluções. O que fazer? - Parte 1



 3 - Buscando soluções. O que fazer? - Parte2


























Vozes Contra a Globalização e o Voto Obrigatório usando Urnas Eletrônicasl


Trecho do excelente documentário "Vozes Contra a Globalização", que foi ao ar pela TVE - Espanha.

Mais um trecho:


Urnas Eletrônica e Voto Obrigatório são incompatíveis com a Democracia

            Que o Brasil não é uma democracia sabemos todos há tempos. Os detalhes por vezes passam desapercebidos da maioria (ah, a maioria... Aquela maioria que delirou com Hitler e pediu que soltassem Barrabás...) dos brasileiros entorpecidos pela telealienação diária, seja da Globo, seja das outras, todas aspirantes a serem iguais à Globo quando crescerem.
            Aqui está um deles. As Urnas Eletrônica utilizadas no processo eleitoral brasileiro já vêm pré-programadas, o TSE contrata uma empresa de informática (jamais revelada) que se encarrega de todo o processo que é tão descaradamente fraudado que até a Folha de S. Paulo, um jornal, cabe ressaltar, já digno de confiança, época em que o slogan “de rabo preso com o leitor” fazia sentido, a Folha, então anuncia o resultado das eleições por volta de 3 horas da manhã do dia da votação (cerca de 5 horas antes de os cadastrados no Serviço Eleitoral Obrigatório tenham se dirigido aos locais impostos para exercer o que deveria ser um direito e se transformou, por causa da propaganda e da inércia, da pasmaceira do respeitável público, uma obrigação. Ora, votar é um direito civil, como casar-se ou não; ter religião ou não.... Não por acaso em TODOS os países democráticos do mundo a participação no processo eleitoral é facultativa. Falta democracia já neste quesito.


            Como esta notícia que foi ao ar pela TV Bandeirantes (aqui e ali se pesca alguma verdade, mesmo na televisão! Esta me chegou através de um primo querido, membro da Família Curvello, uma das mais antigas do Brasil, coisa de que ambos nos orgulhamos muito!) e informa de uma cidade – poderia, francamente, ser qualquer cidade brasileira, aliás – em que o escândalo foi grande. Muita gente – inclusive o próprio candidato – digitou corretamente o número do cara na Urna Eletrônica, viu o rosto dele na tela e apertou “Confirma”. Resultado: nenhum voto (ZERO) foi computado para ele. Como se explica? Os técnicos em Informática se debruçam sobre o tema, explicam as brutais fragilidades da Urna Eletrônica Brasileira e um dublê de porta-voz do TSE informa que “será investigado se, no caso apresentado, houve alguma irregularidade ou não”. Tá...
          Não que adiante grande coisa, já sabemos que o que digitamos na urna eletrônica é olimpicamente desprezado pelos sistema como um todo. Mais por protesto, por ter de sair de casa para participar de uma FANCARIA, VOTE NULO!
Treine no simulador de votações do TSE. Digite sempre "0", "00", "000" e confirme. Aparece a repressão dizendo "Número errado". CONFIRME COM INDIGNAÇÃO! Clique na figura abaixo para treinar diretamente na página da "Justiça" Eleitoral:



 
            Agora, ser OBRIGADO a votar num treco em que não se pode confiar é o fim da picada, francamente! Já não basta o fato de simplesmente não haver alternativa entre os candidatos a cargos majoritários? Ora, todos os partidos concordam que o melhor encaminhamento para a política brasileira é entregar a gestão da economia aos banqueiros e apostadores na Bolsa de Valores (os caras que lhes custeiam as caríssimas campanhas). TODOS que eu digo, vão do PSOL ao DEM, passando por PSDB, PSTU, PT, PTB, PRB, PQP e o escambau. Não há uma única proposta séria de se colocar a economia – o dinheiro – a serviço do ser humano. Neste mundo neoglobalizado, o ser humano deve estar a serviço do dinheiro (uma ferramenta besta que criamos para simplificar nossa vida e hoje se tornou dona de todos nós.
            Precisamos urgentemente de Planejamento Econômico sério! Existe um “sinistério do planejamento” entre os cerca de meia centena de ministros e assemelhados que o número deles cresce na mesma proporção em que aumentam os impostos e decresce o serviço público;.mas nos últimos 5 governos só têm “planejado” cortes no orçamento (da saúde, educação, segurança, previdência...) com vistas a ampliar o superávit primário e atender primordialmente aos banqueiros e apostadores da Bolsa de Valores. Dão-se ao luxo de mandar o fruto de nossos impostos para ajudar banqueiros gregos, italianos, espanhóis e portugueses ao invés de prestar atenção à gestão de um país chamado BRASIL. Haja!
            Com um Planejamento Econômico sério utilizaríamos nossos recursos de maneira mais eficiente. Longe, bem longe de ser o ideal, pelo menos nos tiraria do inferno atual de deixar o planejamento a cargo de pseudo-economistas, banqueiros e jogadores. E Desprivatizar! Urgentemente! A privatização de serviços públicos traz tantos males à nossa população que nem podemos avaliar. Confira o brilhante documentário “Vozes Contra a Globalização”, a esse respeito. Disponível aqui: http://www.culturabrasil.pro.br/vozescontra.htm
            A seguir tudo como está, continuaremos votando nos mesmos – com caras e discursos diferentes, quiçá, mas tão venais e incompetentes que a turma que hoje está no poder.

Lázaro Curvêlo Chaves – 10/05/2013
EM TEMPO -  Confira os Impostos que pagamos, além do Imposto de Renda - que não incide sobre a renda, mas somente sobre o Trabalho - além de termos de pagar Planos de Saúde que a Saúde Pública está em péssima situação e mesmo escolas privadas para as crianças e jovens, que o Ensino Público também foi sucateado por essa suceção de desgovernos, desde José Ribamar Sarney (o político há mais tempo no poder, desde 1964 está no poder ou dele próximo, ininterruptamente!) até a marionete búlgara do Lula neste seu Terceiro Mandato. Fora o que os impostos deveriam cobrir (ensino público de qualidade, saúde pública idem, etc.) E dos Impostos diversos (IPTU, IPVA, ICMS...) vejamos de perto o Percentual de Tributos cobrados sobre o preço final de alguns produtos para que tenhamos uma noção do caos em que nos enfiaram. Repare que os produtos mais caros, usados pela minoria que manda no país, são bem mais baixos que os de produtos que os Trabalhadores consomem, ítens como comida, moradia, vestimenta...

 PRODUTO
 % Tributos/preço final
Passagens aéreas
8,65%
Transporte Aéreo de Cargas
8,65%
Transporte Rod. Interestadual Passageiros
16,65%
Transporte Rod. Interestadual Cargas
21,65%
Transp. Urbano Passag. - Metropolitano
22,98%
Vassoura
26,25%
CONTA DE ÁGUA
29,83%
Mesa de Madeira
30,57%
Cadeira de Madeira
30,57%
Armário de Madeira
30,57%
Cama de Madeira
30,57%
Sofá de Madeira/plástico
34,50%
Bicicleta
34,50%
Tapete
34,50%
MEDICAMENTOS
36%
Motocicleta de até 125 cc
44,40%
CONTA DE LUZ
45,81%
CONTA DE TELEFONE
47,87%
Motocicleta acima de 125 cc
49,78%
Gasolina
57,03%
Cigarro
81,68%
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS BÁSICOS

Carne bovina
18,63%
Frango
17,91%
Peixe
18,02%
Sal
29,48%
Trigo
34,47%
Arroz
18,00%
Óleo de soja
37,18%
Farinha
34,47%
Feijão
18,00%
Açúcar
40,40 %
Leite
33,63%
Café
36,52%
Macarrão
35,20%
Margarina
37,18%
Margarina
37,18%
Molho de tomate
36,66%
Ervilha
35,86%
Milho Verde
37,37%
Biscoito
38,50 %
Chocolate
32,00%
Achocolatado
37,84%
Ovos
21,79%
Frutas
22,98%
Álcool
43,28%
Detergente
40,50%
Saponáceo
40,50%
Sabão em barra
40,50%
Sabão em pó
42,27%
Desinfetante
37,84%
Água sanitária
37,84%
Esponja de aço
44,35%
PRODUTOS BÁSICOS DE HIGIENE

Sabonete
42%
Xampu
52,35%
Condicionador
47,01%
Desodorante
47,25%
Aparelho de barbear
41,98%
Papel Higiênico
40,50%
Pasta de Dente
42,00%
MATERIAL ESCOLAR

Caneta
48,69%
Lápis
36,19%
Borracha
44,39%
Estojo
41,53%
Pastas plásticas
41,17%
Agenda
44,39%
Papel sulfite
38,97%
Livros
13,18%
Papel
38,97%
Agenda
44,39%
Mochilas
40,82%
Régua
45,85%
Pincel
36,90%
Tinta plástica
37,42%
BEBIDAS

Refresco em pó
38,32%
Suco
37,84%
Água
45,11%
Cerveja
56,00%
Cachaça
83,07%
Refrigerante
47,00%
CD
47,25%
DVD
51,59%
Brinquedos
41,98%
LOUÇAS

Pratos
44,76%
Copos
45,60%
Garrafa térmica
43,16%
Talheres
42,70%
Panelas
44,47%
PRODUTOS DE CAMA, MESA E BANHO

Toalhas - (mesa e banho)
36,33%
Lençol
37,51%
Travesseiro
36,00%
Cobertor
37,42%
Automóvel
43,63%
ELETRODOMÉSTICOS

Sapatos
37,37%
Roupas
37,84%
Aparelho de som
38,00%
Computador
38,00%
Fogão
39,50%
Telefone Celular
41,00%
Ventilador
43,16%
Liquidificador
43,64%
Batedeira
43,64%
Ferro de Passar
44,35%
Refrigerador
47,06%


Microondas
56,99%
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

Fertilizantes
27,07%
Tijolo
34,23%
Telha
34,47%
Móveis (estantes, cama, armários)
37,56%
Vaso sanitário
44,11%
Tinta
45,77%
Casa popular
49,02%
Mensalidade Escolar
37,68% (ISS DE 5%)


A Ditadura Descarada do Mercado de Capitais

A Ditadura Descarada do Mercado de Capitais

O Brasil, a Cebola e o Desemprego (o verdadeiro, não o da Propaganda)
          Existe um jornal humorístico estadunidense chamado “Onion” – cebola, em inglês – que recentemente estampou a seguinte notícia: “Cresce o número de obesos nos EUA. Governo estima em 30% a taxa de obesidades e ataca o problema baixando Decreto Lei (ou o equivalente por lá) determinando que só seja chamado de “obeso” quem pesar mais de 300 Kg. Imediatamente a taxa de obesidade nos EUA baixou para menos de 1%!”
          No Brasil isso é feito A SÉRIO com as Taxas ou Índices de Desemprego. O Ministério do Trabalho e Emprego, mês a mês, paga o paliativo e insultuoso (e temporário...) Seguro Desemprego a cerca de 8.000.000 (oito milhões, em média, entre janeiro e dezembro) de seres humanos portadores de carteira de trabalho, ou seja, 40%. QUARENTA POR CENTO DOS TRABALHADORES BRASILEIROS ESTÃO DESEMPREGADOS. O governo ataca o problema com propaganda através dos bem remunerados Institutos de Pesquisa (Datafolha, Ibope, IBGE, FGV...). Depois de várias mudanças de metodologia, agora o desemprego passou a ser mensurado com o uso de um termômetro medicinal. Quem consegue manter uma temperatura corporal entre 36º e 37º é considerado “empregado”. Assim, a febre do desemprego no Brasil, medida por estes arúspices (*), gira em torno de 1 a 3% no máximo. Coisa de Onion”!
        Já assistiu as propagandas governamentais? Que beleza de país, com tudo funcionando bem, todo mundo honesto, pleno emprego, salários altos, consumo de bens crescente, nada faltando, saúde pública "modelo para o Primeiro Mundo", educação pública extraordinária... Você não fica com vontade de se mudar para lá?
          Eu fico... Aqui no Brasil real, onde vivo, todas as coisas estão funcionando (?) ao contrário da Propaganda :(

Os Médicos cubanos
          Se o programa “Mais Médicos” fosse algo voltado – de fato – a resolver a crescentemente grave crise no Sistema Público de Saúde brasileiro, o resultado, todos já perceberam, é menos significativo que uma minúscula gotinha d’água no oceano.
          Estima-se que o Brasil precisa, hoje, de cerca de meio milhão de novos médicos (bem remunerados e competentes, ça va sans dire) a fim de nos aproximarmos minimamente da situação de saúde pública vigente nas décadas de 30 e 40 do século passado em nosso país. Quanto voltamos no tempo em termos humanos para que pudessem os mais ricos viver ainda mais confortavelmente...
          O decréscimo – tanto qualitativo e quantitativo quanto mesmo do ponto de vista da valorização profissional – nos sistemas de saúde e educação públicas é gritante. Exemplos?
         Na década de 30 não raro Juízes de Direito (concursados e togados) prestavam novo concurso para a – então – melhor remunerada carreira no Magistério Público. Meio brincando, meio a sério, diz-se que, na década de 30 do século passado se um médico desejasse se casar com uma menina e ela o rejeitasse, a mãe a mataria; hoje, se uma menina deseja se casar com um médico a mãe ameaça matá-la. Profissionais tratados com respeito e seriedade há menos de um século, hoje estão reduzidos à proximidade da mendicância: um médico do SUS recebe menos de USD 2 (dois dólares – uns R$ 5,00) por consulta, enquanto um professor recebe, por aula, valor inferior ao de uma banana nanica.
          Nas décadas de 30, 40 e até a de 50, Professores e Médicos da Rede Pública tinham sua profissão – Orgulhosamente! – como “Sacerdócio”: usavam paletós e jalecos, viviam atualizados nos temas internacionalmente de ponta em suas áreas, recebiam o respeito do governo e, com ele, enorme respeitabilidade social. O avanço do capitalismo sobre estas duas profissões tornou até a palavra “sacerdócio” anátema (do grego “a” = “não”; “tema” = “algo de que se pode ou deve falar”; anátema = tema proibido) para uso de Profissionais. Não recebem mais o tratamento respeitoso que se devotava outrora aos Sacerdotes, mas o tratamento comercial da carne humana no mercado de trabalho dentro de qualquer Profissão. Usualmente, quando um médico ou professor hoje, age dentro do respeito às normas do mercado de carne humana embora agrida sua atividade primordial, faz questão de afirmar: “eu sou um Profissional!” – e todos se calam confusos e desapontados.
         No mundo globalizado deste século XXI – nome novo do velho demônio capetalista – pululam os Planos de Saúde Privados e as Instituições Privadas de Ensino. Retrato quiçá do inconsciente, a expressão “privada” se adequa perfeitamente ao nível a que chegou o tratamento da saúde e da educação do povo brasileiro; ao nível mesmo da latrina... L Motivo de Protestos Crescentes no Brasil, o Conselho Federal de Medicina e os Conselhos Estaduais de Medicina alertam para os baixíssimos salários dos profissionais da rede pública de saúde.
         O governo brasileiro premiou certo número de petistas e filo-petistas com cursos de medicina em Cuba. Agora precisa dar-lhes emprego. Só isso. É uma boutade(***): muita propaganda em torno de coisa alguma, muito barulho para nada!
          Já SE FOSSE para resolver o problema – que se agrava momento a momento cada vez mais – de Saúde Pública no Brasil seria preciso:
1 – Melhorar a qualidade do Ensino da Medicina nas Universidades Públicas e PROIBIR as privadas de lidar com algo tão sério quanto vidas humanas em seus momentos mais fragilizados.
2 – Ampliar substancialmente a formação de médicos nas Universidades Públicas. Algo como 200 mil médicos por ano até atingirmos menos de um médico para cada 20 brasileiros. E BEM REMUNERADOS!
3 – Tornar a profissão da medicina mais atraente através de salários dignos, planos de carreira, promoção de atualizações frequentes no Brasil e no exterior.
 4 – Finalmente, quando houver um número relevante de médicos bem formados em Universidades Públicas e fabulosamente remunerados no Brasil, fazer a única coisa que este governo faz bem: PROPAGANDA. Enaltecer o médico que trabalha no Sistema Público de Saúde – PROIBIR os Planos de Saúde Privada – mostrando a vida do médico no cotidiano, agora melhorada, com salários gordíssimos que até os juízes do supremo passam a invejar o médico do SUS; em novelas o que as donzelas (e as mães, por definição, preocupadas com o bem estar salarial do candidato a marido de suas filhas) mais desejam é “casar-se com médico”. O mesmo valerá para o Professor, desde que se tomem as medidas necessárias neste sentido também, claro. Mais detalhes aqui: http://www.culturabrasil.pro.br/educacao.htm
 

Descarados!

Banalização do Mal

             
             Já conversou com um(a) desses(as) operadores(as) de telemarketing que trabalham para um desses bancos ou corporações, como de telefonia celular, SAC de alguma empresa ou coisa assim?
            Em primeiro lugar fica patente o despreparo linguístico da pessoa do outro lado. Não é ela culpada. É mal educada mesmo. No sentido amplo, não estrito, do termo, naturalmente: como vem de uma geração em que as mães precisaram sair de casa para trabalhar e complementar a renda familiar face ao salário decrescente e carga de trabalho crescente do marido, não aprendeu as coisas que se aprendia com a mãe nos bons tempos: “fala obrigado pro moço”; “quando pedir algo, não se esqueça de dizer por favor”, “quando estiver em grupo, como numa sala de aulas, seja cordial com todos”, “devolve o lápis do coleguinha”, coisas assim. Além disso, com o desabamento intelectual, educacional, cultural e moral dos brasileiros que se segue ao ingresso na Globalização Estadunidense, agride o vernáculo e nossos ouvidos com gerundismos “vou estar fazendo – ou providenciando – tal coisa”; americanismo, em Português não existe o tempo verbal Future Continuous e se faz ou não, se providencia ou não. Jamais se diz “vou estar providenciando...” até dói no ouvido! E coisas ainda piores: “Fulano vai vim”. Peraí, o Fulano VAI ou VEM. Se o que se deseja expressar é “virá”, por quê não fazê-lo? Tentativa de parecer erudito(a) e cair no ridículo por causa disso? Ou... “Está somente cumprindo ordens”?
          Esta era a tentativa de defesa preferida por 10 entre 10 criminosos de guerra nazistas no julgamento de Nuremberg: “Só estava cumprindo ordens, tentando manter meu emprego”. Ali ficou patente que jogar fora a própria consciência para “cumprir ordens” imorais num emprego, digamos de “exterminar indesejáveis ao governo nazista” não se justifica nem tem perdão! A filósofa Hannah Arendt chama a isso de “banalização ou banalidade do mal” em sua Obra Clássica “a condição humana”. Nas Grandes Corporações citadas funciona mais ou menos assim também. Quem te atende não é a pessoa que vendeu o produto tampouco te conhece: “encaminha ao departamento encarregado”. E você chega a outra pessoa, como a maioria dos brasileiros nesta era maldita lulo-petista, mal educada também. E por fora! Você tem que contar a história toda novamente, desde o início. Aí a pessoa, se tiver boa vontade, descobre finalmente qual é o setor ou departamento ao qual você precisa se dirigir para ter o seu problema resolvido (curioso: eles criam um problema para nós e o problema passa a ser “nosso” e um deles, a se descobrir quem, “fica feliz em ajudar a solucionar”). Novo contato, outro mal educado, contas a história toda do começo novamente... Olha, a maioria dos brasileiros desta era neoglobalizada lulo-petralha é composta por mal-educados por definição e, em geral, desiste ali pela quarta ou quinta transferência de ligação ou atendente. Conto nos dedos os PINHÉS(**) como eu, que insistem até o final e aproveitam os momentos de silêncio para EDUCAR o telemarqueteiro quanto ao que sejam as “Corporações” e, eventualmente, noções rudimentares de gramática da língua portuguesa (não “esteja providenciando”, PROVIDENCIE! Fulano não “vai vim”, caralho, VIRÁ! “Os Bancos e Corporações, por definição são PSICOPATAS” – Joel Bakan), enfim, se não der certo de todo e houver uma “agência reguladora” a quem apelar (Mais um calvário, mas fazer o quê? É ir até o final ou nem começar!) pega-se um “número de protocolo” – em geral, nos Bancos e Corporações cada atendente te dá um “número de protocolo” diferente e não adianta nada referir-se a um anterior, senão eles precisam contar o tempo desde o primeiro contato e estão orientados – “cumprem ordens” – de postergar ao máximo qualquer reclamação.
          Contratações de serviços, em geral são facílimas! Por vezes se contrata uma besteira idiota qualquer simplesmente clicando distraído quando o celular toca. E pra sair do enrosco é uma novela. De terror. Como dizia minha vó, “Parece macumba! Entrar é fácil, mas não sai nunca mais!”
          Sério agora: NINGUÉM se responsabiliza. O CEO (Diretor-Presidente ou o que o valha) do Banco ou Corporação tece as estratégias e dá as ordens. Um ajudante de ordens delega competências distintas e a coisa toda vai se diluindo. Quem aplica a pena final, seja pagar caro por um péssimo serviço (Plano de Saúde Privada, Telefonia Celular, Serviços Bancários, etc.), seja evadir-se de qualquer possibilidade de te tirar da enroscada em que te enfiaram é um menino de recados desinformado e, como a maioria dos brasileiros contemporâneos, por definição, mal-educado.
          Resumindo algo vulgarmente “A Corporação” de Joel Bakan e Mark Achbar, a coisa funciona como um pinico bem comprido e furado. O CEO caga lá em cima e a merda se espalha cá embaixo onde os serviços são prestados ou os produtos são entregues.
           Se pelo menos esses putos tivessem uma cara para a gente encher de socos! Aí é que está o maquiavelismo do sistema corporativo privado neste mundo globalizado: é uma ditadura descarada, sem cara, sem face... Seria menos complicado se pudéssemos personalizar a coisa, dar um nome ao Grande Inimigo. Afinal é complicado demais ao povão metabolizar a compreensão do funcionamento do Grande Mal a ser combatido: o sistema corporativo centralizado mundialmente em Wall Street como nos diz Ignácio Ramonet em “Vozes Contra a Globalização”.
 

           Aos poucos o povo vai despertando, protestando ciclotimicamente, a início, contra este ou aquele aspecto desta Ditadura Descarada. E não foi diferente na luta contra o Domínio Temporal Absoluto da Igreja Católica Romana durante os Mil Anos de Trevas da Idade Média? Aquele período de trevas acabou. Levou MIL ANOS para acabar. E a atual Idade das Trevas do Sistema Corporativo de Wall Street, quanto tempo durará? Estaremos (ou nossos filhos, ou netos, ou bisnetos...) vivos para ver e vivenciar sua derrocada inexorável pois insustentável? Oxalá!
          Daqui faço o que posso, dentro de minhas limitações. Mas a luta é grande, demorada e complicada. Jean-Paul Sartre dizia, em situações assim, que somos “metade vítimas, metade cúmplices”. Claro! Se na Idade Média, só a Igreja tinha dinheiro para patrocinar os artistas, arquitetos, construtores, pensadores e criadores, hoje em dia só os Bancos e as Corporações conseguem fazê-lo. Assim, cada um de nós tem pelo menos um membro da família trabalhando diretamente numa destas Corporações ou Bancos; por falta mesmo de alternativa, a quem mais apresentar sua carne à venda no mercado de carne humana, chamado “mercado de trabalho” que não a esses psicopatas de hoje? Quanto tempo ainda durarão estas trevas?